Querer é poder?

Fazendo parte do nosso património português, este provérbio – Querer é Poder – desde sempre que nos acompanha ao longo da nossa vida, nomeadamente nos momentos em que concretizamos algum objetivo ou alcançamos algum feito. Contudo, em muitas outras situações da nossa vida, duvidamos da sua eficácia ou veracidade, uma vez que queremos tantas outras coisas e nem sempre as alcançamos. 


O que será que muda? O que poderá estar aqui a interferir? Porque é que há objetivos que apesar de se repetirem no nosso repertório não os conseguimos alcançar? 


Há quem refira que a vida é muito agitada e que não há tempo para os trabalhar como deve ser, outros referem que são objetivos que dão muito trabalho e que as condições atuais não permitem esse investimento e outros há ainda que acabam por considerar que são objetivos não prioritários, apesar de reconhecerem a sua presença, cada ano que passa. 


Face a estas justificações, deixo o desafio de pensarmos se não será mais O PODER DA DECISÃO que pode fazer a diferença, ou seja, será que verdadeiramente queremos alcançar esse objetivo que até hoje não alcançamos? 

Quais são as verdadeiras vantagens para nós e para os outros se alcançássemos esse objetivo? De 0 a 10 (sendo 0 sem qualquer impacto e 10 altamente impactante) quanto considera que a sua vida iria melhorar ao alcançar esse objetivo? Consegue fazer uma lista dos ganhos? Consegue fazer a lista do que perde por não alcançar esse objetivo? Qual destas listas tem mais impacto na sua vida?
Muitas vezes quando faço esta pergunta aos meus clientes eles dizem de imediato que não há nada de bom na lista das perdas. Mas será que isso é mesmo verdade? Muitas vezes, ao longo do trabalho de exploração e de trazer à consciência o que realmente nos impede de alcançar o que queremos surge o grande impedimento – a MUDANÇA! Muitos descobrem que afinal aquilo que sempre disseram que queriam MUDAR, independentemente do comportamento ou situação que seja, é isso que os assusta e os amedronta. 
O que é compreensível, dado estarem a querer passar do certo para o incerto, do impossível para o possível. 
Muitos ainda referem o medo da instabilidade financeira ou familiar, o medo de não ter apoio dos outros… 
A lista por vezes é extensa, mas excelente para início de trabalho no Coaching Psicológico. 
Começamos a trabalhar sobre essas mesmas justificações, que muitas vezes, não passam de histórias que cada um deles conta a si mesmo para que a mudança não ocorra. 
Histórias que são as suas desculpas e que muitas vezes traduzem as suas crenças, muitas delas limitadoras. 
E aqui está uma das chaves fundamentais – SERÁ QUE QUERES MESMO MUDAR? Será que queres deixar isso que já conheces, que pensas que dominas e que controlas? Será que queres sair da tua zona de conforto, por muito que digas que de conforto não tem nada? 
Há quem diga que só mudamos quando verdadeiramente “odiamos” o ponto em que estamos! 
Mas cada caso é um caso, porque cada um de nós é único como pessoa e inserido em contextos específicos. 
Muitos têm chegado à conclusão que antes de saberem o que querem alcançar, têm que DECIDIR verdadeiramente SE QUEREM MUDAR, ou seja, o PODER está na DECISÃO de QUERER TER, de QUERER MUDAR!
Boas descobertas!

D.M.

Fique comigo neste Espaço de Conversa e descubra o que realmente é importante para si!