Como descobrir a nossa vocação e/ ou o nosso Propósito de vida? De que forma estes aspetos se relacionam com as formações que fomos fazendo ou com as profissões e funções que fomos desempenhando ao longo da nossa vida? Quais as mais valias em conhecer a nossa vocação? Estas são algumas das várias perguntas que me têm feito chegar, face às quais gostava de partilhar algumas ideias.
E começando pela definição de Vocação que podemos encontrar no dicionário – “disposição natural e espontânea que orienta uma pessoa no sentido de uma atividade, uma função ou profissão; pendor, propensão, tendência” – podemos compreender que é algo intrínseco a cada pessoa, onde de certo a definição de quem somos fará todo o sentido. Dito por outras palavras, a sua descoberta exigirá sempre da pessoa um autoconhecimento das suas capacidades, competências, interesses, valores, crenças, padrões comportamentais, expectativas futuras, papéis de vida prioritários, entre outros aspetos que tanto nos diferenciam uns dos outros.
Daí, que tantos de nós ao olharmos apenas para os resultados dos testes realizados numa avaliação psicológica, que muitos de nós insistentemente continuamos a chamar de “psicotécnicos”, sentimo-nos insatisfeitos com as respostas obtidas.
Sabemos que somos mais do que esses resultados, mas nem sempre nos disponibilizamos a explorar esses mesmos resultados e/ ou a ir mais além no investimento pessoal.
Tomar consciência dos nossos pontos fortes e menos fortes, das oportunidades que estão mesmo ao nosso lado e não as vemos, ou das ameaças que teimam a cruzar o nosso caminho, das crenças que muitas vezes nos limitam em vez de nos apoiar e dos valores que nem sempre estão de acordo com os objetivos que tanto ambicionamos, não é uma tarefa fácil nem imediata.
Contudo, quanto maior o investimento pessoal maior é a clareza e a segurança de quem nós somos, qual é a nossa vocação e o nosso propósito de vida.
As vantagens de viver com esta descoberta é assumirmos o controlo da nossa vida e das nossas decisões. Deixamos de ser guiados pelas condições externas e passamos a assumir a responsabilidade do que fazemos perante as oportunidades e as adversidades que nos aparecem.
Passamos a ter um papel ativo na gestão da nossa carreira de vida e profissional, identificando com maior facilidade os nossos pensamentos negativos e as nossas crenças limitantes que nos levavam anteriormente a padrões comportamentais que em nada eram congruentes com os nossos valores.
Finalmente percebemos porque é que tantas vezes sentíamos raiva ou culpa em determinados tomadas de decisão e agora sentimo-nos livres e com mais certeza de que é possível, que vamos conseguir!
Ganhamos aquela paz interior e satisfação interna que há tanto procurávamos e a vida passa a ter outro sentido. Sabemos porque razão é que afinal somos únicos!
Quando vivemos o nosso propósito de vida, nós sabemos, porque sentimos! Não é de todo algo a que somos indiferentes!
E este também não é um processo só para alguns – os iluminados – com uma duração de pesquisa eterna ou apenas uma resposta correta.
É para quem verdadeiramente se disponibiliza a reflectir e a investir em si próprio, podendo fazer este caminho sozinho ou acompanhado e onde a “descoberta” ou o aceitar de quem somos nos leva muitas vezes a concluir que afinal sempre soubemos o que nos distinguia dos outros, o que nos fazia feliz a nós e aos outros e como muitas vezes utilizámos vários meios para a exprimir.
Atualmente, já existem vários serviços de apoio a esta descoberta, cabendo a cada um escolher aquele que mais se adequa às suas necessidade e objetivos.
Entre Programas de Intervenção Vocacional, Aconselhamento Vocacional e de Carreira e Coaching Vocacional e de Carreira, as opções são várias e as respostas distintas.
Por tudo isto, aqui fica o desafio, atreva-se a “descobrir” e a viver o seu Propósito de Vida!
DM
